Cada vez que você compra um filhote, morre um animal na carrocinha ou num abrigo.



sábado, 24 de março de 2012

O sábado começou divinamente...

Estava eu, feliz da vida com o sábado lindo que estava começando. Dei comida pra bicharada, fotografei flores e cães enquanto pensava na postagem que faria para colocar o blog em dia e contar as novidades.Uma postagem não, mais de uma, pois estou hiper atrasada com o blog e tinha boas notícias para contar, sendo que precisaria de umas 3 postagens para contar tudo.
Eram 11h30 quando o vizinho dos fundos me chamou no muro avisando que o Catatau e a Minerva, duplinha que mora no terreno dos fundos da minha casa, haviam matado um cachorrinho. A Minerva mata tudo o que se mexe, a Feliska é uma sobrevivente dela, mas normalmente a história não tem final feliz. Saí correndo para lá e fui praguejando também, pois se tinha algum cachorro lá dentro foi porque alguém jogou, pois o pátio é bem fechado e não tem como entrar sozinho.
Quando cheguei pelos fundos, o Catatau estava ali, o que estranhei e gostei, pois era sinal de que ele não se envolveu no cachorrocídio. Chegando mais para frente do pátio, avistei a Minerva como se nada tivesse acontecido. Tranquei os dois no canil e fui em busca do corpo. Quando fui para a frente, vi um cachorro se escapando na direção do portão.
Ele estava vivo! Não houve um cachorrocídio! Cheguei perto dele que se espremia apavorado contra a grade, me abaixei e comecei a conversar, chamando-o para a minha direção. Para a minha surpresa, aquele monte de pêlos pretos com um saco plástico em volta do pescoço não pensou duas vezes e veio até mim, se aninhando em meus braços. Não achei nenhum machucado grave no rápido exame que fiz, mas vi que tinha sangue na sacola que tinha no pescoço e comecei e torcer para que não acontecesse uma hemorragia interna.
A Minerva já matou cães que jogaram por cima do muro da minha casa, gatos desavisados que foram matar a curiosidade e se deram mal, mas parece que a idade chegou, pois ela não terminou o serviço desta vez, seja por impedimentos físicos ou emocionais (quem sabe ela tá ficando molenga com idade, né? Tomara!).
Minerva e Catatau, os agressores...
O importante é que o bichinho estava vivo! Peguei aquele monte de nós pretos no colo e providenciei um banho, que foi difícil de dar, pois a nozeira era tanta, que tive que cortar alguns vários nós tipo "rastafari" para conseguir passar sabão.
O banho começou um pouco depois das 11h30 e terminou, com o corte de nós, às 13h30! Mas valeu a pena!
Ah, durante o banho descobri que o monte de pêlos pretos se trata de uma fêmea e que tem um tumor na mama...será que foi por isso que jogaram fora? A reação inicial dela foi surpreendente, pois os animais que sofrem algum trauma deste tipo, brigas ou atropelamentos, acabam reagindo com agressividade, mas ela veio na minha direção como se estivesse pedindo socorro. Durante todo o banho e o corte, se comportou divinamente bem! Deixou com que eu a virasse de uma lado para o outro, sem esboçar qualquer reação.
Vamos ver como ela se comportará nas proximas horas se, sentindo-se mais confiante, não mudará de comportamento.
Pronto! Banho tomado e pêlo aparado! Agora é hora de comer uma comidinha e tentar relaxar do susto!
Foi o que ela fez! Comeu bem pouquinho e deitou na caminha que ganhamos da Rê (muito obrigada, Rê! Chegou bem na hora, viste?).
NA foto acima dá pra ver o quantidade de nós que ela tinha.
Agora são 15h50 e ela continua dormindo.
A mocinha não tinha nome até eu começar a escrever esta postagem, mas quando escrevi que ela se comportou divinamente... pronto: Divina! Este é o nome dela!
Já estamos pedindo, Divina e eu, e aceitando, ajuda para a cirurgia que, certamente ela terá que fazer para a retirada do tumor e castração.
Segunda-feira a levarei para consulta e mando notícias em seguida.
Tenham um final de semana...divino!

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